domingo, fevereiro 05, 2012


1
Às duas da manhã a garota acorda de um pesadelo, prepara um café e vai até a janela olhar para o céu, a lua está cheia e o céu está estrelado, ela vê que naquele céu existe muita beleza, mas para ela não faz diferença alguma em sua vida. Ela todos os dias saia para respirar o ar puro, via o céu, o brilho do sol e reconhecia que deveria dar valor as poucas coisas que existiam ao seu redor, porém não as valorizava. Um dia viu um mendigo admirando todos os traços de uma flor e dizendo como cada traço daquela flor era encantador, então ela perguntou a ele: “Qual a graça que você acha em uma coisinha tão sem graça? No que ela vai mudar sua vida?” E então o mendigo respondeu: “Eu moro de baixo de uma ponte há dois anos, tanta coisa eu vi, tanta dor encontrei, meus olhos já estavam cansados de tanta dor que havia encontrado. Então eu vi essa florzinha, pequena, indefesa, ela alegrou meus olhos, ela nasceu nessa estrada empoeirada. Você notou que é ela é a única aqui? Ela está tão sozinha não acha? Mas seu encantamento não se perdeu, essa florzinha foi à única coisa que eu vi viva por essa estrada que nela o encantamento não se perdeu por mais que esteja tão sozinha, ela é um exemplo que no meio de tanta solidão e tanta dor ainda é capaz de haver a luz que poucos enxergam. Aprendi a valorizar cada pequena coisa que encontrava pela estrada quando não se tratava de dor e terror. Quando perdi o único lar que tinha, aprendi que para valorizar o que se tem muitas vezes é necessário perde-las, porque daí você acorda e percebe o quanto era privilegiado”. s2Amethyst

1 comentários:

Postar um comentário